terça-feira, 1 de novembro de 2022

O que aconteceu depois da residência!

 Oportunidades que se abriram pós residência!

Posso dizer com muito orgulho que, após a residência muitas oportunidades de trabalho surgiram. Foi impressionante como meu currículo foi valorizado quando concluí a residência multiprofissional. Acho que o maior benefício da formação em serviço foram as oportunidades de conhecer e atuar em diversos segmentos públicos, não só de saúde, mas de segurança pública, educação, assistência social e outros. 
Essa gama de atuações, sem medir esforços, me proporcionou o reconhecimento quando terminei a residência. A primeira proposta de emprego veio para atuar no hospital Ministro Costa Cavalcanti, aliás o maior hospital da região oeste do Paraná, administrado pela ITAIPU Binacional. Na verdade, já realizava alguns trabalhos de ergonomia para esse hospital na época, junto à uma colega ergonomista (Anália Lopes), que por sinal, me ajudou muito no início de minha trajetória profissional em Foz do Iguaçu. Mas com a finalização da residência, tenho a impressão que fui bem mais valorizado e minha contratação então efetivada. Hoje atuo como Fisioterapeuta do Trabalho e Ergonomista neste hospital no setor do SESMT (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho).
Na sequência, recebi o convite para atuar como Fisioterapeuta Supervisor de Estágio, na Faculdade Dinâmica das Cataratas - UDC Anglo, uma das mais conceituadas universidades privadas da região. Foi como supervisor de estágio que pude colocar em prática os grupos terapêuticos que havia trabalhado durante os anos como residente, que aliás, foi uma experiência muito marcante. Nesse período da residência aprendi o importante papel da fisioterapia coletiva e o quanto ela pode ser usada como ferramenta, não só de educação em saúde, mas de cuidado integral à saúde das pessoas. Aprendi que sozinho, pouco o fisioterapeuta irá fazer, mas com uma equipe multiprofissional comprometida podemos alcançar inúmeros objetivos em prol da saúde da população. Foi como supervisor de estágio que iniciamos os grupos de fisioterapia coletiva na clínica escola da faculdade (turmas da coluna, idoso, fibromialgia, cegonha, autismo, movimente-se, saúde do trabalhador, vida mais leve), grupos esses que no segundo ano se transformaram em Projetos de Extensão Universitária.
Outra oportunidade foi a de Professor Universitário, essa talvez a mais desafiadora, pois ainda estava no meu primeiro ano de mestrado (Saúde Pública - Unioeste). Aceitei o convite sem hesitar, pois já havia tirado a licença maternidade de uma professora durante um semestre, assumindo todas as suas disciplinas. Agora teria um novo contrato na mesma empresa como professor universitário e minhas próprias disciplinas. Confesso que fiquei extremamente feliz com a oportunidade, pois há exatamente 7 anos atrás decidi que seria um dia professor de universidade, ou seja, agora um objetivo de vida estava se concretizando. Minha trajetória acadêmica me impulsionou a ser hoje um professor, já no primeiro ano de graduação me envolvi com linhas de pesquisa e monitoria de disciplinas, daí em diante foram todos os anos da graduação trabalhando com linha de pesquisa e monitoria de disciplinas. Isso fez com que desenvolvesse minha habilidade de ensino e aprendizagem, além da habilidade de escrita e pesquisa.
Hoje, posso dizer que tenho muito orgulho de ser fisioterapeuta, tenho algumas especializações e cursando o mestrado, mas minha vivência como residente foi um "divisor de águas" em minha trajetória profissional. Acho que faria tudo de novo se tivesse oportunidade, não mais pelo valor da bolsa, mas pelas experiências vividas. Alguns vão entrar e não vão conseguir terminar, outros vão estar insatisfeitos com o serviço público, outros vão odiar o serviço público, mas digo uma coisa certa, se você ama pessoas e não coisas, você está indo para um caminho certo, então, seja um residente e desfrute das oportunidades que virão, e um dia me diga se realmente valeu a pena.


segunda-feira, 24 de outubro de 2022

 

Edital n.16/2022/COREMU

PROCESSO SELETIVO PARA VAGAS DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA 2023

    O processo seletivo para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (PRMSF) aberto ontem 17 de outubro de 2022, terá suas inscrições encerradas no dia 6 de novembro de 2022. Visa preencher 12 vagas para o ano letivo de 2023, são elas: enfermagem, fisioterapia, nutrição, saúde coletiva, psicologia, odontologia. São 2 vagas para cada área profissional, o curso tem duração de 2 anos, desenvolvido em formato de treinamento em serviço.
    A bolsa/remuneração é paga pelo Ministério da Educação (MEC), por meio de conta bancária, advinda de impostos impostos previdenciários (FGTS) e deduções ficais. O valor atual da bolsa é de R$ 4.100,00 depositados todo dia  1° de  cada mês, no edital não informa o valor da bolsa, mas obtive informações na secretaria do programa (Unila) sobre a atualização do valor para 2023. Vale lembrar que o antigo valor era de R$ 3.500,00 o que já era bem significativo, portanto, realmente vale a pena. O residente deverá abrir uma conta no banco do Brasil, ele terá uma matrícula no SIGEPE (sistema de gestão de pessoas do governo federal), o que torna o residente um servidor público federal temporário. Inclusive, faço um adendo aqui, que na minha época não fui informado, o residente pode fazer linhas de crédito e financiamento nas redes bancárias usufruindo dos benefícios de um servidor público federal, inclusive consignado. 
    Esse ano o processo seletivo não inclui prova e não terá taxa de inscrição. Será composto de 2 etapas, sendo: 1- Avaliação de currículo; 2- Apresentação da proposta de atuação na residência. O período de inscrição vai de 17/10 a 06/11 deste ano e constará de preenchimento de formulário eletrônico via internet (portal SIGAA) e envio de documentação comprobatória no e-mail da secretaria do curso (secretaria.prmsf@unila.edu.br). 
    O currículo será avaliado posteriormente e publicado o resultado da pontuação de acordo com o calendário no edital. A apresentação da proposta de atuação na residência acontecerá por meio de entrevista on-line (plataforma Google meet) agendada previamente de acordo com calendário do edital. A proposta deverá ter no máximo 10 páginas, o candidato poderá fazer apresentação de slides, terá 20 minutos para apresentação. 
    Diferente de outros anos, além da prova, o candidato apresentava toda documentação comprobatória impressa e a proposta de atuação também impressa em 3 vias para a banca examinadora, porém era necessário enviar previamente por e-mail. Acho que a tecnologia só tem a contribuir positivamente, no caso da entrevista virtual, tanto ajuda na organização da banca examinadora, quanto na redução dos níveis de ansiedade e nervosismo dos candidatos. O lado negativo do uso da tecnologia é que necessita de conexão de qualidade e acessibilidade, caso contrário, realmente será um problema.
    Um detalhe importante para quem realmente quer passar no processo seletivo, é ter no currículo a comprovação de que já participou de ações em saúde coletiva, seja ela na área específica ou não. Durante a graduação, para aqueles que estão terminando a graduação e entrando na residência, precisam se envolver o máximo possível em ações e eventos que envolvam saúde coletiva ou saúde pública, são muito valorizados do processo seletivo.
    
    A proposta de atuação na residência deve ser pensada levando em consideração a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e o Projeto Pedagógico Curricular (PPC) do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, além de estar inserido na Estratégia de Saúde da Família (ESF), que aliás, será o principal campo de atuação do residente. Os temas devem envolver a equipe multiprofissional, mesmo que a atuação seja focada em uma área profissional, deve ser pensada para que a todo momento, a equipe multiprofissional possa estar envolvida. Exemplo: "Promoção de qualidade de vida no trabalho de servidores da saúde", essa proposta envolve a atuação do fisioterapeuta nas ações de ginástica laboral e técnicas de relaxamento durante a jornada de trabalho, dentro dessa proposta o psicólogo pode trazer temas sobre saúde mental no contexto do trabalho (burnout, estresse, depressão, etc.), e o nutricionista pode trazer temas sobre alimentação adequada e uso de detox. 
    
Espero ter ajudado!

terça-feira, 18 de outubro de 2022

DIPLOMA DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE DA FAMÍLIA - UNILA

     Muitos se questionavam se a Unila tinha reconhecimento para diplomar o curso. Desde que entrei no programa em 2019 havia essa especulação, hoje voltei nesse humilde espaço para confirmar que sim, a Unila é reconhecida pelo MEC e tem autoridade para diplomar o residente após finalização do curso. Apesar de só concluir a especialização após 8 meses de finalizado, acabei por ficar devendo a apresentação do TCR (trabalho de conclusão de residência), devido vários motivos, inclusive de oportunidades profissionais após a residência, tive que adiar por alguns meses a apresentação do TCR em banca, e 2 meses depois meu diploma já estava disponível para recebê-lo na sede administrativa da Unila em Foz do Iguaçu. Como podem observar no diploma que anexei abaixo, recebi o conceito "C" em apenas numa disciplina, as demais, acho me saí bem, na verdade, não é tão simples quanto parece cumprir os requisitos do programa, requer muita dedicação e empenho. Por esse motivo o programa exige dedicação exclusiva, pois são necessários um total de 5.760 horas/aulas para serem cumpridas. Meu intuito aqui é motivá-lo a ser um residente multiprofissional, primeiro fazer você entender que é uma realidade, o que acontece é, que as vezes, o residente não consegue cumprir todos os requisitos ao final do curso e ele não consegue realizá-los em tempo hábil (prazo de 1 ano), dessa forma, o residente acaba por finalizar o programa e não vê a cor do seu diploma. Mas outros motivos também podem levar o aluno a não concluir a especialização (emprego, família, doença, chamamento de concurso, mudança de cidade, outros). Outro motivo é estimular alunos que saem da graduação, sem perspectiva de emprego, a fazerem o processo seletivo, realmente vale a pena, mesmo que você não goste ou ache que não tem habilidade com saúde pública. Além de ter uma bolsa bem significativa (atualmente em torno de R$ 4.100), você agora para a ser considerado um "servidor público federal" temporário (por 2 anos), e a formação em uma especialização sem tirar dinheiro do bolso para tal (como na maioria das especializações).