Tedros Adhanom, diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou hoje (11/03/2020) que a organização elevou o estado da contaminação à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).
A mudança de classificação não se deve à gravidade da doença, e sim à disseminação geográfica rápida que o Covid-19 tem apresentado. "A OMS tem tratado da disseminação [do Covid-19] em uma escala de tempo muito curta, e estamos muito preocupados com os níveis alarmantes de contaminação e, também, de falta de ação [dos governos]", afirmou Adhanom no painel que trata das atualizações diárias sobre a doença.
O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada por um novo vírus. Ele causa problemas respiratórios semelhantes à gripe e sintomas como tosse, febre e, em casos mais graves, dificuldade para respirar. A principal forma de contágio do novo coronavírus é o contato com uma pessoa infectada, que transmite o vírus por meio de tosse e espirros. Ele também se propaga quando a pessoa toca em uma superfície ou objeto contaminado e depois nos olhos, nariz ou boca.
Reflexão: A partir da declaração de pandemia da OMS, o Brasil adotou medidas extremas assim como tantos outros países no enfrentamento do covid-19. Na residência não foi diferente, vários decretos, recomendações, orientações, enfim, fizeram com que houvesse uma revira-volta no sistema de saúde público. Várias discussões vieram à tona, destaco aqui o fato de como residentes, estarmos em serviço, exposto à epidemia, e ainda assim não temos direito ao "atestado" de saúde. O programa de residência multiprofissional prevê em seu regimento que, caso você adoeça e precise se afastar de suas obrigações acadêmicas, deverá apresentar o atestado de saúde, e ainda assim deverá pagar essas horas posteriormente. Particularmente, como um dos representante dos residentes na COREMU, levantei questões a esse respeito. Foi feito um documento com iniciativa de um colega residente, que expressava nossas solicitações a esse e outros questionamentos sobre a funcionalidade do programa enquanto academia. Para nossa decepção, não foi apreciado pela comissão, sendo posteriormente feito recomendações pertinentes a continuidade do programa sob novas orientações do MEC e Fórum de Residência. Já se passaram quase um mês desde as mudanças, e estamos nos adaptando a uma nova realidade epidemiológica. As equipes do eNASF-AB aqui em Foz do Iguaçu tiveram que adequar suas ações a essa situação, já que todos os grupos terapêuticos foram suspensos. Nós da fisioterapia, continuamos fazendo as visitas domiciliares com monitoramento e EPIs adequados, e somente em pacientes com necessidades extremas, seguindo todas as recomendações do Ministério da Saúde. Outras funções como, teleatendimento, monitoramento remoto, apoio na campanha de vacina domiciliar, apoio nas ações da UBS, produção de artigos, etc, continuaram acontecendo. Vejo como um importante aprendizado para a residência multiprofissional, pois todo esse movimento extremo trouxe uma reflexão sobre a atuação e intervenção do fisioterapeuta em situação de pandemia. Em breve estrei postando aqui o resultado de uma pesquisa elaborada durante este período de epidemia, tive horas protegidas para a realização da mesma, o que foi muito importante para essa produção. Agradeço meu preceptor pela oportunidade e pelo preparo significativo nessa situação inusitada para todos. Tenho aprendido bastante!