domingo, 8 de novembro de 2020

Impacto da pandemia no Programa de Residência

 IMPACTO DA PANDEMIA NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA


Muitas foram as mudanças que aconteceram no processo de desenvolvimento da Residência. Dentre elas, a suspensão das atividades de grupo, a intensa utilização de ferramentas remotas, a suspensão das aulas presenciais, o fechamento total do acesso à universidade, a interrupção da carga horária teórica, mudança radical da rotina de trabalho, o distanciamento humano, o aumento de fatores estressantes, o impacto na saúde mental, a falta de equipamentos de proteção individual, as atividades síncronas e assíncronas, as inovações tecnológicas evidenciadas, o afastamento de trabalhadores do grupo de risco, as famílias desestruturadas, a suspensão temporal das atividades práticas, a falta de comunicação entre coordenação do programa e preceptores, novas possibilidades de atuação da equipe multiprofissional, a retomada das aulas teóricas de forma síncrona e assíncrona, o medo de acumular carga horária para o término do programa, o medo de suspensão da bolsa de estudo, o incentivo financeiro do MEC, a ausência de informações periódicas da coordenação do curso, a sensação de "abandono" no serviço, a preocupação com o aprendizado, o medo de ter que continuar cumprindo carga horária ao final do programa sem a bolsa de estudo, a falta de direcionamento para os R1 durante o processo inicial do programa, colegas profissionais sendo contaminados pelo covid-19, o medo da contaminação, medo da morte, medo do desconhecido, mudança no comportamento epidemiológico, preocupação com a estrutura do serviço público de saúde, dificuldade de transporte público, medo de contaminar os familiares, autorreflexão para novas possibilidades de comportamento, mudança no estilo de vida, restrição para atividades de lazer, restrição de acesso à serviços essenciais, distanciamento dos colegas do programa, aumento da insatisfação do serviço, aumento das comorbidades, aumento dos riscos ocupacionais, aumento dos riscos de acidentes domésticos, aumento dos conflitos familiares, o sedentarismo, a dificuldade de lidar com as novas tecnologias, a adaptação dos professores e preceptores ás novas ferramentas de ensino, as dificuldades no enfrentamento da pandemia na atenção primária de saúde, a falta de conhecimento sobre os novos sintomas do coronavírus, a falta de estudos científicos sobre o covid-19, os novos modelos de sanitarismo, a preocupação com a vida financeira do cidadão usuário do SUS, a preocupação com a vida financeira de familiares, o medo da morte de familiares, a suspensão das atividades acadêmicas de outros colegas, a instabilidade do governo federal em lidar com a saúde pública, o uso máscara em todo momento, o manuseio correto dos instrumentos de proteção individual, a adaptação do uso do óculos com a máscara, o medo de tocar em qualquer superfície, o medo de estar ao lado de alguém que espirrou, a limpeza constante das mãos, a higienização constante dos produtos de supermercado, o fechamento e falência de muitos estabelecimentos, a redução da economia no município, a redução do fluxo de pessoas no município, a redução do fluxo de turistas no município, a retomada gradual das atividades de grupo (turma da coluna), a retomada dos atendimentos individualizados nas UBS, a retomada gradual de reuniões presenciais, a possibilidade de novos cursos virtuais, melhor aproveitamento para horas do TCR, autorreflexão para novas habilidades individuais, o grande número de mortes no Brasil devido à contaminação do covid-19, o pico da curva epidemiológica mantida por muito tempo, a redução gradual da curva epidemiológica, a possibilidade de renovação da bolsa de estudo nos programas de residência caso seja necessário a continuidade do cumprimento de carga horária após o término do curso, enfim. 

Reflexão: A pandemia trouxe consigo muitos aprendizados, para a vida, saúde, e relacionamento humano. Entendo que, se para o bem, ou para o mal, não sei, a pandemia nos deixou em uma grande "sala de aula" - o mundo. Foram muitas perdas, muitas conquistas, alegrias e tristezas. Hoje, quando atendo um paciente no consultório ou grupo terapêutico, percebo o quanto a pandemia deixou cicatrizes em todos nós. Agora precisamos continuar vivendo e aprendendo.

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