terça-feira, 1 de novembro de 2022

O que aconteceu depois da residência!

 Oportunidades que se abriram pós residência!

Posso dizer com muito orgulho que, após a residência muitas oportunidades de trabalho surgiram. Foi impressionante como meu currículo foi valorizado quando concluí a residência multiprofissional. Acho que o maior benefício da formação em serviço foram as oportunidades de conhecer e atuar em diversos segmentos públicos, não só de saúde, mas de segurança pública, educação, assistência social e outros. 
Essa gama de atuações, sem medir esforços, me proporcionou o reconhecimento quando terminei a residência. A primeira proposta de emprego veio para atuar no hospital Ministro Costa Cavalcanti, aliás o maior hospital da região oeste do Paraná, administrado pela ITAIPU Binacional. Na verdade, já realizava alguns trabalhos de ergonomia para esse hospital na época, junto à uma colega ergonomista (Anália Lopes), que por sinal, me ajudou muito no início de minha trajetória profissional em Foz do Iguaçu. Mas com a finalização da residência, tenho a impressão que fui bem mais valorizado e minha contratação então efetivada. Hoje atuo como Fisioterapeuta do Trabalho e Ergonomista neste hospital no setor do SESMT (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho).
Na sequência, recebi o convite para atuar como Fisioterapeuta Supervisor de Estágio, na Faculdade Dinâmica das Cataratas - UDC Anglo, uma das mais conceituadas universidades privadas da região. Foi como supervisor de estágio que pude colocar em prática os grupos terapêuticos que havia trabalhado durante os anos como residente, que aliás, foi uma experiência muito marcante. Nesse período da residência aprendi o importante papel da fisioterapia coletiva e o quanto ela pode ser usada como ferramenta, não só de educação em saúde, mas de cuidado integral à saúde das pessoas. Aprendi que sozinho, pouco o fisioterapeuta irá fazer, mas com uma equipe multiprofissional comprometida podemos alcançar inúmeros objetivos em prol da saúde da população. Foi como supervisor de estágio que iniciamos os grupos de fisioterapia coletiva na clínica escola da faculdade (turmas da coluna, idoso, fibromialgia, cegonha, autismo, movimente-se, saúde do trabalhador, vida mais leve), grupos esses que no segundo ano se transformaram em Projetos de Extensão Universitária.
Outra oportunidade foi a de Professor Universitário, essa talvez a mais desafiadora, pois ainda estava no meu primeiro ano de mestrado (Saúde Pública - Unioeste). Aceitei o convite sem hesitar, pois já havia tirado a licença maternidade de uma professora durante um semestre, assumindo todas as suas disciplinas. Agora teria um novo contrato na mesma empresa como professor universitário e minhas próprias disciplinas. Confesso que fiquei extremamente feliz com a oportunidade, pois há exatamente 7 anos atrás decidi que seria um dia professor de universidade, ou seja, agora um objetivo de vida estava se concretizando. Minha trajetória acadêmica me impulsionou a ser hoje um professor, já no primeiro ano de graduação me envolvi com linhas de pesquisa e monitoria de disciplinas, daí em diante foram todos os anos da graduação trabalhando com linha de pesquisa e monitoria de disciplinas. Isso fez com que desenvolvesse minha habilidade de ensino e aprendizagem, além da habilidade de escrita e pesquisa.
Hoje, posso dizer que tenho muito orgulho de ser fisioterapeuta, tenho algumas especializações e cursando o mestrado, mas minha vivência como residente foi um "divisor de águas" em minha trajetória profissional. Acho que faria tudo de novo se tivesse oportunidade, não mais pelo valor da bolsa, mas pelas experiências vividas. Alguns vão entrar e não vão conseguir terminar, outros vão estar insatisfeitos com o serviço público, outros vão odiar o serviço público, mas digo uma coisa certa, se você ama pessoas e não coisas, você está indo para um caminho certo, então, seja um residente e desfrute das oportunidades que virão, e um dia me diga se realmente valeu a pena.


segunda-feira, 24 de outubro de 2022

 

Edital n.16/2022/COREMU

PROCESSO SELETIVO PARA VAGAS DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA 2023

    O processo seletivo para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (PRMSF) aberto ontem 17 de outubro de 2022, terá suas inscrições encerradas no dia 6 de novembro de 2022. Visa preencher 12 vagas para o ano letivo de 2023, são elas: enfermagem, fisioterapia, nutrição, saúde coletiva, psicologia, odontologia. São 2 vagas para cada área profissional, o curso tem duração de 2 anos, desenvolvido em formato de treinamento em serviço.
    A bolsa/remuneração é paga pelo Ministério da Educação (MEC), por meio de conta bancária, advinda de impostos impostos previdenciários (FGTS) e deduções ficais. O valor atual da bolsa é de R$ 4.100,00 depositados todo dia  1° de  cada mês, no edital não informa o valor da bolsa, mas obtive informações na secretaria do programa (Unila) sobre a atualização do valor para 2023. Vale lembrar que o antigo valor era de R$ 3.500,00 o que já era bem significativo, portanto, realmente vale a pena. O residente deverá abrir uma conta no banco do Brasil, ele terá uma matrícula no SIGEPE (sistema de gestão de pessoas do governo federal), o que torna o residente um servidor público federal temporário. Inclusive, faço um adendo aqui, que na minha época não fui informado, o residente pode fazer linhas de crédito e financiamento nas redes bancárias usufruindo dos benefícios de um servidor público federal, inclusive consignado. 
    Esse ano o processo seletivo não inclui prova e não terá taxa de inscrição. Será composto de 2 etapas, sendo: 1- Avaliação de currículo; 2- Apresentação da proposta de atuação na residência. O período de inscrição vai de 17/10 a 06/11 deste ano e constará de preenchimento de formulário eletrônico via internet (portal SIGAA) e envio de documentação comprobatória no e-mail da secretaria do curso (secretaria.prmsf@unila.edu.br). 
    O currículo será avaliado posteriormente e publicado o resultado da pontuação de acordo com o calendário no edital. A apresentação da proposta de atuação na residência acontecerá por meio de entrevista on-line (plataforma Google meet) agendada previamente de acordo com calendário do edital. A proposta deverá ter no máximo 10 páginas, o candidato poderá fazer apresentação de slides, terá 20 minutos para apresentação. 
    Diferente de outros anos, além da prova, o candidato apresentava toda documentação comprobatória impressa e a proposta de atuação também impressa em 3 vias para a banca examinadora, porém era necessário enviar previamente por e-mail. Acho que a tecnologia só tem a contribuir positivamente, no caso da entrevista virtual, tanto ajuda na organização da banca examinadora, quanto na redução dos níveis de ansiedade e nervosismo dos candidatos. O lado negativo do uso da tecnologia é que necessita de conexão de qualidade e acessibilidade, caso contrário, realmente será um problema.
    Um detalhe importante para quem realmente quer passar no processo seletivo, é ter no currículo a comprovação de que já participou de ações em saúde coletiva, seja ela na área específica ou não. Durante a graduação, para aqueles que estão terminando a graduação e entrando na residência, precisam se envolver o máximo possível em ações e eventos que envolvam saúde coletiva ou saúde pública, são muito valorizados do processo seletivo.
    
    A proposta de atuação na residência deve ser pensada levando em consideração a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e o Projeto Pedagógico Curricular (PPC) do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, além de estar inserido na Estratégia de Saúde da Família (ESF), que aliás, será o principal campo de atuação do residente. Os temas devem envolver a equipe multiprofissional, mesmo que a atuação seja focada em uma área profissional, deve ser pensada para que a todo momento, a equipe multiprofissional possa estar envolvida. Exemplo: "Promoção de qualidade de vida no trabalho de servidores da saúde", essa proposta envolve a atuação do fisioterapeuta nas ações de ginástica laboral e técnicas de relaxamento durante a jornada de trabalho, dentro dessa proposta o psicólogo pode trazer temas sobre saúde mental no contexto do trabalho (burnout, estresse, depressão, etc.), e o nutricionista pode trazer temas sobre alimentação adequada e uso de detox. 
    
Espero ter ajudado!

terça-feira, 18 de outubro de 2022

DIPLOMA DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE DA FAMÍLIA - UNILA

     Muitos se questionavam se a Unila tinha reconhecimento para diplomar o curso. Desde que entrei no programa em 2019 havia essa especulação, hoje voltei nesse humilde espaço para confirmar que sim, a Unila é reconhecida pelo MEC e tem autoridade para diplomar o residente após finalização do curso. Apesar de só concluir a especialização após 8 meses de finalizado, acabei por ficar devendo a apresentação do TCR (trabalho de conclusão de residência), devido vários motivos, inclusive de oportunidades profissionais após a residência, tive que adiar por alguns meses a apresentação do TCR em banca, e 2 meses depois meu diploma já estava disponível para recebê-lo na sede administrativa da Unila em Foz do Iguaçu. Como podem observar no diploma que anexei abaixo, recebi o conceito "C" em apenas numa disciplina, as demais, acho me saí bem, na verdade, não é tão simples quanto parece cumprir os requisitos do programa, requer muita dedicação e empenho. Por esse motivo o programa exige dedicação exclusiva, pois são necessários um total de 5.760 horas/aulas para serem cumpridas. Meu intuito aqui é motivá-lo a ser um residente multiprofissional, primeiro fazer você entender que é uma realidade, o que acontece é, que as vezes, o residente não consegue cumprir todos os requisitos ao final do curso e ele não consegue realizá-los em tempo hábil (prazo de 1 ano), dessa forma, o residente acaba por finalizar o programa e não vê a cor do seu diploma. Mas outros motivos também podem levar o aluno a não concluir a especialização (emprego, família, doença, chamamento de concurso, mudança de cidade, outros). Outro motivo é estimular alunos que saem da graduação, sem perspectiva de emprego, a fazerem o processo seletivo, realmente vale a pena, mesmo que você não goste ou ache que não tem habilidade com saúde pública. Além de ter uma bolsa bem significativa (atualmente em torno de R$ 4.100), você agora para a ser considerado um "servidor público federal" temporário (por 2 anos), e a formação em uma especialização sem tirar dinheiro do bolso para tal (como na maioria das especializações).




quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Trabalho de Conclusão da Residência - TCR e a pandemia

 


TCR e a Pandemia 

    Esse talvez tenha sido o maior desafio da residência. Inicialmente o projeto de pesquisa idealizado seria sobre a Revista de Atenção Primária e Boas Práticas criada com a iniciativa de residentes e que foi indexada no portal da prefeitura de Foz do Iguaçu. Porém a pandemia, com seus inúmeros protocolos de biosegurança, desencorajou-nos a produzir a pesquisa de campo. No início era tudo muito incerto e temeroso. Ir até determinados locais se tornava muito restrito e ao mesmo tempo nos transmitia medo. Até mesmo alguns setores públicos restringiam acessos físicos, como por exemplo, os setores de protocolo, que inviabilizou por um curto espaço de tempo solicitações de aprovação para a pesquisa de campo. A maioria dos residentes não conseguiram fazer nesse período, por isso fomos desencorajados a mudar a metodologia de pesquisa. Somente após um período, onde todos começamos a aprender com a pandemia, foi pensado em estratégias remotas de protocolo, além de outros serviços virtuais que ainda não existiam.
            A pandemia realmente trouxe muitos aprendizados e mudanças de paradigmas. A acessibilidade se tornou mais evidente e necessária. Serviços que eram feitos somente presencialmente, agora passaram a serem feitos de forma virtual, cartórios, consultas médicas, agendamentos de serviços, protocolos, e tantos outros serviços públicos e privados. Todos tivemos que nos reinventar.
       O TCR pra maioria de nós não permitiu algumas situações, mas por outro lado, trouxe a necessidade de outros temas que, de alguma forma, envolvia a atual situação pandêmica. Meu tema por exemplo passou a ser a Educação Permanente em Saúde - EPS e a possibilidade de pensarmos sobre a atuação do profissional de saúde no mundo do trabalho com uma perspectiva positiva e inovadora, reconhecendo que temos um papel importante na sociedade de transformadores do mundo trabalho em saúde.
           Trouxe um tema com uma metodologia de Revisão Integrativa da literatura, método este advindo das Práticas Baseadas em Evidência - PBE. Me permitiu conhecer e explorar muito mais o conteúdo da EPS e propor reflexões sobre a temática na Atenção Primária à Saúde - APS. O tema elencado foi: EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: POSSIBILIDADE DE PENSAR SOBRE O    COTIDIANO NO MUNDO DO TRABALHO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA.

          Devido questões de oportunidade de trabalho após o término da residência, não pude concluir em tempo hábil a defesa do TCR, tive que pedir a Dilação do TCR (documento que solicita a prorrogação da apresentação do TCR após período regular). Toda documentação necessária foi providenciada e então agendado a apresentação (que ocorreu no dia 25/11/2021).
            Fiquei extremamente feliz com o resultado da pesquisa, confesso que foi trabalhoso, mas muito gratificante. Talvez o melhor trabalho de publicação que desenvolvi sozinho. A nota da banca avaliadora diz tudo (9.7) e me deixou muito contente. Enfim, encerra mais um desafio em minha trajetória como residente multiprofissional. Espero ter cumprido a missão de profissional da saúde mais uma vez. 

domingo, 8 de novembro de 2020

Impacto da pandemia no Programa de Residência

 IMPACTO DA PANDEMIA NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA


Muitas foram as mudanças que aconteceram no processo de desenvolvimento da Residência. Dentre elas, a suspensão das atividades de grupo, a intensa utilização de ferramentas remotas, a suspensão das aulas presenciais, o fechamento total do acesso à universidade, a interrupção da carga horária teórica, mudança radical da rotina de trabalho, o distanciamento humano, o aumento de fatores estressantes, o impacto na saúde mental, a falta de equipamentos de proteção individual, as atividades síncronas e assíncronas, as inovações tecnológicas evidenciadas, o afastamento de trabalhadores do grupo de risco, as famílias desestruturadas, a suspensão temporal das atividades práticas, a falta de comunicação entre coordenação do programa e preceptores, novas possibilidades de atuação da equipe multiprofissional, a retomada das aulas teóricas de forma síncrona e assíncrona, o medo de acumular carga horária para o término do programa, o medo de suspensão da bolsa de estudo, o incentivo financeiro do MEC, a ausência de informações periódicas da coordenação do curso, a sensação de "abandono" no serviço, a preocupação com o aprendizado, o medo de ter que continuar cumprindo carga horária ao final do programa sem a bolsa de estudo, a falta de direcionamento para os R1 durante o processo inicial do programa, colegas profissionais sendo contaminados pelo covid-19, o medo da contaminação, medo da morte, medo do desconhecido, mudança no comportamento epidemiológico, preocupação com a estrutura do serviço público de saúde, dificuldade de transporte público, medo de contaminar os familiares, autorreflexão para novas possibilidades de comportamento, mudança no estilo de vida, restrição para atividades de lazer, restrição de acesso à serviços essenciais, distanciamento dos colegas do programa, aumento da insatisfação do serviço, aumento das comorbidades, aumento dos riscos ocupacionais, aumento dos riscos de acidentes domésticos, aumento dos conflitos familiares, o sedentarismo, a dificuldade de lidar com as novas tecnologias, a adaptação dos professores e preceptores ás novas ferramentas de ensino, as dificuldades no enfrentamento da pandemia na atenção primária de saúde, a falta de conhecimento sobre os novos sintomas do coronavírus, a falta de estudos científicos sobre o covid-19, os novos modelos de sanitarismo, a preocupação com a vida financeira do cidadão usuário do SUS, a preocupação com a vida financeira de familiares, o medo da morte de familiares, a suspensão das atividades acadêmicas de outros colegas, a instabilidade do governo federal em lidar com a saúde pública, o uso máscara em todo momento, o manuseio correto dos instrumentos de proteção individual, a adaptação do uso do óculos com a máscara, o medo de tocar em qualquer superfície, o medo de estar ao lado de alguém que espirrou, a limpeza constante das mãos, a higienização constante dos produtos de supermercado, o fechamento e falência de muitos estabelecimentos, a redução da economia no município, a redução do fluxo de pessoas no município, a redução do fluxo de turistas no município, a retomada gradual das atividades de grupo (turma da coluna), a retomada dos atendimentos individualizados nas UBS, a retomada gradual de reuniões presenciais, a possibilidade de novos cursos virtuais, melhor aproveitamento para horas do TCR, autorreflexão para novas habilidades individuais, o grande número de mortes no Brasil devido à contaminação do covid-19, o pico da curva epidemiológica mantida por muito tempo, a redução gradual da curva epidemiológica, a possibilidade de renovação da bolsa de estudo nos programas de residência caso seja necessário a continuidade do cumprimento de carga horária após o término do curso, enfim. 

Reflexão: A pandemia trouxe consigo muitos aprendizados, para a vida, saúde, e relacionamento humano. Entendo que, se para o bem, ou para o mal, não sei, a pandemia nos deixou em uma grande "sala de aula" - o mundo. Foram muitas perdas, muitas conquistas, alegrias e tristezas. Hoje, quando atendo um paciente no consultório ou grupo terapêutico, percebo o quanto a pandemia deixou cicatrizes em todos nós. Agora precisamos continuar vivendo e aprendendo.

sábado, 17 de outubro de 2020

PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

 Artigo: Cirurgia para ruptura de manguito rotador


Motivação: O vídeo de 4 minutos foi construído como requisito da disciplina de Produção e Sistematização do Conhecimento II. Escolhi o artigo porque trás uma importante evidência da ineficácia de cirurgias do manguito rotador, estrutura muscular do ombro responsável pela multimobilidade do braço, na reabilitação de sua funcionalidade. Na prática clínica na APS muitos pacientes do SUS aguardam cirurgia eletiva devido ruptura total de músculos dessa região, principalmente de subescapular. Por sua vez gera uma fila infindável de pacientes que levam muitas vezes anos para ser realizado, além do custo alto que leva tal procedimento para o município. A maioria desses pacientes são encaminhados para a fisioterapia enquanto esperam a cirurgia, o que vemos é a reabilitação precoce desses pacientes, sem necessariamente passarem pela cirurgia. Vale ressaltar que o estudo se restringe a uma faixa etária de 56 a 68 anos, e não inclui cirurgias traumáticas. O estudo corrobora com a prática clínica vivenciada no tratamento de pacientes com ruptura de manguito rotador através de fisioterapia convencional e em grupo.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

VACINAS DOMICILIARES DURANTE A COVID-19




VACINAS DOMICILIARES À IDOSOS

Com objetivo de garantir a proteção aos idosos contra o Coronavírus, a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, através da Secretaria Municipal de Saúde, fará a vacinação desse grupo de casa em casa a partir da próxima segunda-feira (23 de março de 2020), quando tem início a Campanha Nacional contra a Influenza. A ação também contará com a entrega de repelentes para prevenção da dengue aos idosos.

A SMSA está organizando as equipes das 29 unidades básicas de saúde para percorrem todas as regiões e vacinarem as pessoas acima de 60 anos. “Os profissionais vão fazer a vacinação por ruas, percorrendo todas as regiões da cidade. É uma medida fundamental para garantir a permanência do idoso na sua residência e evitar que procure as unidades de saúde”, explicou a enfermeira do Programa Municipal de Imunização, Adriana Izuka.



Em programação à campanha de vacinação domiciiar, a equipe eNASF-AP se organizou para dar suporte a essa ação. Profissionais da enfermagem, fisioterapia, nutrição, e agentes comunitários se uniram para vacinar e orientar a população idosa a aderirem a vacinação e não se expor ao coronavírus saindo de suas casas para ir até à UBS. Sem a participação conjunta seria praticamente impossível tal ação, já que as equipes em si, sozinhas não dariam conta da demanda. Enquanto os ACS iam contactando e identificando os idosos em suas residências, a equipe de suporte (eNASF-AP) ia preenchendo a ficha e cartão de vacinação, em seguida eram vacinados pela enfermagem. A ação perdurou por cerca de 3 (três) semanas.

Fotos:

 


REFLEXÃO: A complexidade de se realizar uma ação desse porte é desafiador. Primeiro porque a equipe é insuficiente, imagine você ter que atender toda uma população adscrita (mais de 1.000 pessoas) na UBS em campanha de vacina, e agora ter que sair de casa em casa vacinando a mesma população. Vale lembrar que foi algo inusitado devido ao foco pandêmico, porém foi nítido que o sistema de saúde municipal não está preparado para lidar com tal situação. Houve falha na distribuição de vacinas para os municípios, o que atrasou o trabalho da equipe e deixou a população desinformada e estressada. Aos poucos as coisas foram se encaixando e no final tudo deu certo. Mas graças ao esforço, dedicação e comprometimento de toda a equipe. Meus parabéns!








quarta-feira, 13 de maio de 2020

eNASF-AB e a pandemia do COVID-19

O Programa de Residência Multiprofissional da UNILA com foco na Saúde da Família é composto por profissionais de diversas áreas de atuação (fisioterapia, enfermagem, saúde coletiva, odontologia, psicologia, nutrição) e estão distribuídos nos serviços públicos de saúde da atenção primária. A proposta do curso de pós graduação é permitir uma atuação multiprofissional e interdisciplinar no âmbito da atenção básica, sendo assim, a maioria dos profissionais estão atuando no eNASF-AB, nesse caso, no município de Foz do Iguaçu. 

Em janeiro deste ano (2020) o programa do NASF sofreu uma mudança no sistema de financiamento do SUS, o que, no entanto, não sofreu drásticas mudanças na sua forma de atuação. As equipes NASF agora passam a ser chamadas de eNASF-AB, ou seja, equipes multiprofissionais da atenção básica, porém, basicamente com a mesma atuação dantes, cobrindo agora, além da ESF também as unidades abertas.

Com o decreto de pandemia em março deste ano pela OMS, a dinâmica do eNASF-AB sofreu ajustes. O primeiro deles foi a suspensão de todos os grupos terapêuticos, principalmente os de grupos de risco (idosos). Posteriormente foram suspensos os atendimentos domiciliares, exceto para extrema necessidade, e os atendimentos individuais nas UBS. Houve uma readequação na rotina das ações para todos os profissionais, o que provocou uma certa complexidade no serviço. 

A residência multiprofissional também precisou se readequar, e muitos residentes tiveram, inclusive, que serem realocados em outros serviços da rede, dentre eles: teleatendimento, telemonitoramento, videoatendimento, apoio as campanhas de vacina, saúde do trabalhador, apoio as ações de fronteira, produção de artigo científico, etc. 

Reflexão: Como fisioterapeuta, passei a atuar em áreas de apoio a diversas ações de enfrentamento do covid-19. Inicialmente fui desafiado pelo preceptor a produzir um artigo científico sobre a atuação da fisioterapia em período de pandemia. Particularmente, tem sido muito produtivo essa iniciativa, pois me permitiu entender e estudar profundamente sobre o tema, uma vez que se tornou de suma importância a atuação dos profissionais de saúde em várias áreas do conhecimento. Em paralelo, pude atuar no apoio a campanha de vacina domiciliar para idosos, visitas domiciliares, produção de relatório quadrimestral, divulgação da revista de atenção primária e boas práticas nas unidades de saúde, ginástica laboral para trabalhadores da saúde nas UBS. Em breve estarei publicando aqui o artigo produzido.

sábado, 18 de abril de 2020

Declaração de pandemia pela OMS


Tedros Adhanom, diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou hoje (11/03/2020)  que a organização elevou o estado da contaminação à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).

A mudança de classificação não se deve à gravidade da doença, e sim à disseminação geográfica rápida que o Covid-19 tem apresentado. "A OMS tem tratado da disseminação [do Covid-19] em uma escala de tempo muito curta, e estamos muito preocupados com os níveis alarmantes de contaminação e, também, de falta de ação [dos governos]", afirmou Adhanom no painel que trata das atualizações diárias sobre a doença.

O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada por um novo vírus. Ele causa problemas respiratórios semelhantes à gripe e sintomas como tosse, febre e, em casos mais graves, dificuldade para respirar. A principal forma de contágio do novo coronavírus é o contato com uma pessoa infectada, que transmite o vírus por meio de tosse e espirros. Ele também se propaga quando a pessoa toca em uma superfície ou objeto contaminado e depois nos olhos, nariz ou boca.

Reflexão: A partir da declaração de pandemia da OMS, o Brasil adotou medidas extremas assim como tantos outros países no enfrentamento do covid-19. Na residência não foi diferente, vários decretos, recomendações, orientações, enfim, fizeram com que houvesse uma revira-volta no sistema de saúde público. Várias discussões vieram à tona, destaco aqui o fato de como residentes, estarmos em serviço, exposto à epidemia, e ainda assim não temos direito ao "atestado" de saúde. O programa de residência multiprofissional prevê em seu regimento que, caso você adoeça e precise se afastar de suas obrigações acadêmicas, deverá apresentar o atestado de saúde, e ainda assim deverá pagar essas horas posteriormente. Particularmente, como um dos representante dos residentes na COREMU, levantei questões a esse respeito. Foi feito um documento com iniciativa de um colega residente, que expressava nossas solicitações a esse e outros questionamentos sobre a funcionalidade do programa enquanto academia. Para nossa decepção, não foi apreciado pela comissão, sendo posteriormente feito recomendações pertinentes a continuidade do programa sob novas orientações do MEC e Fórum de Residência. Já se passaram quase um mês desde as mudanças, e estamos nos adaptando a uma nova realidade epidemiológica. As equipes do eNASF-AB aqui em Foz do Iguaçu tiveram que adequar suas ações a essa situação, já que todos os grupos terapêuticos foram suspensos. Nós da fisioterapia, continuamos fazendo as visitas domiciliares com monitoramento e EPIs adequados, e somente em pacientes com necessidades extremas, seguindo todas as recomendações do Ministério da Saúde. Outras funções como, teleatendimento, monitoramento remoto, apoio na campanha de vacina domiciliar, apoio nas ações da UBS, produção de artigos, etc, continuaram acontecendo. Vejo como um importante aprendizado para a residência multiprofissional, pois todo esse movimento extremo trouxe uma reflexão sobre a atuação e intervenção do fisioterapeuta em situação de pandemia. Em breve estrei postando aqui o resultado de uma pesquisa elaborada durante este período de epidemia, tive horas protegidas para a realização da mesma, o que foi muito importante para essa produção. Agradeço meu preceptor pela oportunidade e pelo preparo significativo nessa situação inusitada para todos. Tenho aprendido bastante!

domingo, 22 de março de 2020

TRABALHADORES RESIDENTES PRECISAM TER DIREITO À SAÚDE



 Nos encontramos atualmente em uma situação de pandemia. Isolamento social tem sido o indicado para todas as pessoas que trabalham em serviços não essenciais. O COVID-19 apresenta uma alta taxa de contágio: casos suspeitos e confirmados tem aumentado exponencialmente todos os dias. O governo do estado do Rio Grande do Sul decretou no dia 19 de março estado de calamidade pública. 

 Os residentes em saúde seguem em seus campos de trabalho. A determinação do ministério da saúde é de que continuemos trabalhando. Seguimos atendendo a população na atenção básica, na saúde mental e nas internações hospitalares, bem como atuando nas ações de vigilância sanitária. O contraditório é que somos trabalhadores da saúde aos olhos das entidades contratantes apenas quando as convém, pois na hora de garantir os devidos direitos trabalhistas nos é negado por sermos entendidos como estudantes de pós graduação.

Estamos atuando de forma bastante exposta e em alto risco de contágio pelo COVID-19, porém não recebemos nenhum tipo de insalubridade, muitas vezes faltam equipamentos de proteção individual (inclusive para os trabalhadores do serviço) e nem mesmo direito de afastamento, no caso de ter os sintomas respiratórios característicos do novo corona vírus, ou fazer parte dos grupos de risco. 


 Enquanto residentes em saúde não temos nenhuma garantia de direito à saúde! Alguns programas não garantem direito a atestado médico sem desconto na bolsa-salário e, na maioria dos programas, temos que pagar as horas referentes a esses atestados ao fim da residência. Somos trabalhadores da saúde, mas não temos o direito de adoecer! Estamos expostos a um grande risco de contágio e precisamos de direitos garantidos e do compromisso dos programas de residência em resguardá-los. 

 Defendemos que os residentes em saúde tenham direito a afastamento do trabalho em caso de atestado médico ou com sintomas respiratórios suspeitos de COVID-19, sem prejuízo de qualquer tipo - que dias de atestado não sejam descontados e que as horas referentes a eles não precisem ser compensadas posteriormente. 

 Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde

Link: https://www.facebook.com/forumresidentesnacional/


Me motivou: As indagações referidas pelo Fórum Nacional de Residentes de Saúde publicado no dia 21 de março de 2020, disponível no link acima, apenas retratam a indignação de todos os residentes do país. Sou voluntário e não abro mão disso em quaisquer situação que envolva a saúde da população. Porém como residente tenho um papel fundamental de aluno em serviço, de fato, a verdade é que quando convém, hora somos alunos, hora somos profissionais, na essência da palavra. Volto a ressaltar, sempre vou me considerar um "aluno" para a vida, não é esse o caso, o serviço público de saúde precisa ser coerente. ESTÁ NA HORA DE MUDAR OS REGIMENTOS DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NO PAÍS, e o principal, que aliás é inconstitucional, é o de não aceitar atestado por motivo de saúde, não interessa se existe uma bolsa de estudo, se uma pessoa adoece por motivo justo, não pode ficar devendo horas de trabalho por isso. ESTÁ ERRADO! Pensar assim, é regredir no tempo, e não pode continuar. O maior absurdo que estou vivenciando no momento é ouvir de nossos coordenadores, professores e preceptores (alguns) usando este argumento de que "é assim, sabiam que era assim, e vai continuar sendo assim". Muito triste!

Carta do Fórum Nacional de Residentes em Saúde

Carta Aberta do Fórum Nacional de Residentes em Saúde


Às Entidades Representativas, Conselhos de Categoria Profissional, comunidade acadêmica, parlamentares, usuários do Sistema Único de Saúde e à sociedade brasileira sobre as novas alíquotas de contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que passarão a valer a partir de 1º de março do corrente ano, e a defasagem da bolsa-salário das Residências Multiprofissionais em Saúde.
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O Fórum Nacional de Residentes em Saúde (FNRS) é uma instância organizativa e de articulação política dos residentes em saúde do Brasil na luta em defesa dos programas de pós-graduação lato sensu, na modalidade de ensino em serviço, que articula os setores da educação e da saúde, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Caracteriza-se como um espaço de encontro de trabalhadores da saúde em formação que possibilita compartilhar experiências, discutir ideários, propor ações em defesa de um SUS público (estatal), gratuito e socialmente referenciado. Organiza-se e atua de forma aberta e descentralizada, por meio dos Coletivos Estaduais, Regionais, Locais e participações individuais. 

As Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde foram criadas a partir da promulgação da Lei N° 11.129/2005, e são orientadas pelos princípios e diretrizes do SUS, a partir das necessidades e realidades locais e regionais, considerando e incluindo suas especificidades. Segundo a Portaria Interministerial MEC/MS Nº 16/2014, podem ser incluídos nos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde (PRMS) os egressos das seguintes graduações: Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Saúde Coletiva e Física Médica. Desta forma, tais programas apostam num modelo de trabalho em saúde pautado na multiprofissionalidade e interdisciplinaridade, composto por todas as categorias profissionais, incluindo a médica — mesmo que esta esteja apartada das demais residências por força de Lei —, em contraposição ao paradigma da saúde médico-centrada. 

Para tanto, a Portaria Interministerial N°1.077/2009 instituiu a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), coordenada conjuntamente pelo Ministério da Saúde (MS), Ministério da Educação (MEC) e representantes dos segmentos que constroem as Residências, tendo como principais atribuições: avaliar e acreditar os PRMS e Residência em Área Profissional da Saúde, visando atender às necessidades socioepidemiológicas da população brasileira; credenciar os programas, bem como as instituições habilitadas para oferecê-los. Sendo assim um importante canal de diálogo e participação democrática para construção coletiva dos Programas de Residência. Vale lembrar que, atualmente, a CNRMS encontra-se inativa, restringindo o principal acesso a reivindicação de direitos dos residentes de todo o país. E, mesmo inativa, tem publicado editais e bolsas irregularmente! 

A maioria das bolsas-salário concedidas aos residentes (médicos, multiprofissionais e uniprofissionais) são financiadas pelo MS, cujo valor definido pelo Governo Federal, através da Portaria Interministerial MEC/MS Nº 3/2016, foi de R$ 3.330,43 (três mil trezentos e trinta reais e quarenta e três centavos). Os residentes são considerados pelo INSS como contribuintes individuais, sendo retido na fonte, até então, 11% do valor da bolsa a título de contribuição previdenciária compulsória. 

Assim, com a nova Portaria do Ministério da Economia (Nº 914/2020), que atualiza as faixas de cálculo e alíquotas incorporando as novas regras da Reforma da Previdência Social, o recolhimento previdenciário sobre as bolsas dos residentes passará de 11% para 14%. Vale ressaltar que tais bolsas já se encontram defasadas pela inflação acumulada desde março de 2016 (cerca de 15%). Isso tudo tratando-se de uma carga horária de trabalho de 60 horas semanais — muito acima do permitido pela CLT, por exemplo —, em regime de dedicação exclusiva, divididas entre atividades acadêmicas teóricas e práticas. Ademais, via de regra, os residentes não contam com nenhum tipo de benefício extra como o vale alimentação ou transporte, por exemplo. 

O FNRS entende que, na conjuntura atual de desmonte dos direitos e seguridade social, o aumento da cobrança do INSS é um ataque ao conjunto da classe trabalhadora: fazendo com que o brasileiro trabalhe por mais tempo, contribua mais e receba um benefício menor! Portanto, somamos à luta das trabalhadoras e trabalhadores do Brasil contra a reforma previdenciária. 

Nesse sentido, o Fórum Nacional de Residentes em Saúde, conforme deliberado em Assembléia com mais de 250 residentes de todo país no dia 10 de Fevereiro de 2020, vem por meio desta carta manifestar nosso apoio a um Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações no dia 03 de Março, reivindicando dentre outra pautas: reajuste da bolsa-salário; redução e requalificação da carga horária sem redução da bolsa-salário; retomada imediata da CNRMS; retomada da realização dos Seminários Nacionais e Regionais; criação da Política Nacional de Residências em Saúde, de forma descentralizada e participativa

Além disso, frente às recentes movimentações pela desvinculação, quebra da isonomia entre as residências médicas e as multi e uniprofissionais, o FNRS se posiciona contrário a tal proposta. A isonomia entre esses Programas e categorias profissionais é um marco importante para a construção de um cuidado em saúde multiprofissional e interdisciplinar, conforme os preceitos do Sistema Único de Saúde. 

Assim, através deste informe, buscamos o apoio do conjunto de atores das Residências em Saúde, dos Conselhos de Categoria Profissional, sindicatos, COREMUs e demais trabalhadores da saúde para o fortalecimento e valorização das Residências em Saúde. Além disso, solidarizamo-nos com todas as brasileiras e brasileiros que lutam por melhores condições de renda e trabalho.

 #ReajustedeBolsaJá #GreveGeralResidentesEmSaúde #ParalisaçãoGeral3demarço #VoltaCNRMS! 

FÓRUM NACIONAL DE RESIDÊNCIAS EM SAÚDE, 14 de fevereiro de 2020.

Reflexão: Particularmente não aderi a paralisação deste dia devido meu preceptor estar de férias e eu estava assumindo alguns grupos. Porém estou de acordo que o movimento é importante, alguns colegas participaram, nem todos aderiram, entendo que todo diálogo é fundamental para todos. Não sabia que a CNRMS estava desativada, não sei os motivos que levaram a isso, mas é preciso que seja revisto algumas posturas e documentos sancionados pelo MEC em relação aos programas de residência, pois se a CNRMS não esteve presente nas tomadas de decisões importantes, então no mínimo algumas coisas estão equivocadas e irregulares.

domingo, 8 de março de 2020

Curso de Capacitação da Rede de Atenção ao Idoso








O Curso de Capacitação sobre a Política de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa com foco na Caderneta do Idoso iniciou no dia 3 de março deste ano sob coordenação do Hospital do Coração de São Paulo que conta com a parceria do Hospital Sírio Libanês. A iniciativa partiu da diretoria de Atenção Primária, mais especificamente do setor de Educação Permanente em Saúde do município de Foz do Iguaçu. Será composto por aulas presenciais e EAD por um período de um ano (2020).

Me motivou: Fui motivado a participar deste curso devido ao meu público de atendimentos nas ações do NASF e unidades de saúde (acolhimento e consultas). Mais de 90% dos meus pacientes são pessoas idosas e doenças crônicas degenerativas. Também pelo carinho, respeito e atenção que tenho pela pessoa idosa, e isso vem do aprendizado dos meus pais, mesmo antes de pensar em ser um profissional da saúde.

Aprendi: Já no primeiro encontro do curso, aprendi a diferença entre envelhecimento e velhice. O primeiro se refere a um processo natural, heterogêneo, dinâmico, multidimensional, e individual do envelhecimento humano. E o segundo se refere a uma fase do envelhecimento, como ocorre nas fases da criança - adolescência - adulto. Também destaco a mudança cada vez mais acelerada da pirâmide etária já num formado mais globoso, indicando o aumento da população idosa no Brasil (foto). O Brasil atualmente é o sexto país com maior número de idosos no mundo.

Para melhorar meu aprendizado: Aumentar meu conhecimento sobre o cuidado integral da pessoa idosa, bem como as políticas públicas de saúde sobre a pessoa idosa. Conhecer estratégias de ação para esse cuidado continuado e as metas/estratégias do Ministério da Saúde na Rede de Atenção à Saúde.

Sugestão: Que os trabalhos e ações que serão propostas e implementadas através do curso na APS em Foz do Iguaçu, sejam publicadas em revista institucionalizada no site do município.

Reflexão: O curso me trouxe uma reflexão de educação permanente em saúde e sua importância para meu crescimento profissional. Porém me preocupa a atual situação da atenção a essa política no município. Em conversa com uma profissional da gestão, pude conhecer um pouco de como isso está se desenrolando no processo de estão no município. O que me assustou foi a inexistência de uma diretoria voltada para esse fim, já que a PNEPS propõe uma política de trabalho dentro da secretaria de saúde de cada município. Não entrarei em detalhes, mas confesso que me preocupou a situação. Meu projeto de TCR está vinculado a essa política de saúde, portanto em breve voltarei a falar desse assunto.


sábado, 7 de março de 2020

Acolhimento dos novos residentes




No dia 6 de março de 2020, foi feito o acolhimento dos residentes do segundo R2 para com os do primeiro ano R1. Aconteceu no prédio do ginásio da UNILA e contou com a presença de todos os residentes. A Semana do Acolhimento faz parte do cronograma da residência, e acontece durante duas semanas no prédio da UNILA. São encontros destinados ao matriciamento dos residentes, entrosamento e companheirismo, é o momento em que recebem as primeiras orientações sobre o programa, onde os professores passam a conhecê-los melhor, recebem conteúdos relevantes para o início da residência, vão conhecer o campo de atuação (unidades de saúde), trocam informações, e são acolhidos pelos R2. Esse sem dúvida é o momento mais esperado por todos, pois cria uma expectativa em todos, tanto de R2 quanto dos R1, é um momento esperado, pois é quando nos conhecemos e compartilhamos nossas experiência no campo de atuação. 

Reflexão: Este não deve ser um momento de "trote", mas de boas vindas e o fortalecimento de vínculos, quebra de ansiedades e expectativas. Deve ser um momento para união, pois trata-se de profissionais que estão de fato entrando no serviço público de saúde, mesmo que temporário (2 anos). Vale lembrar que muitos inclusive serão futuros servidores públicos efetivos. Acredito que nossa recepção foi bem interessante, fizemos um encontro informal, inicialmente usamos uma dinâmica de apresentação, onde um se apresentava (nome, lugar, profissão, o que gosta, o que não gosta) e em seguida escolhia outro para se apresentar, e assim sucessivamente. Em seguida usamos a dinâmica das curiosidades, onde os R1 escreviam num papel duas perguntas sobre o que quisessem saber da residência, e depois esses papéis foram distribuídos aleatoriamente entre os R2 para serem respondidas. Foi um diálogo muito proveitoso e acredito que foram bem acolhidos. Ao final fizemos um delicioso coffee breack e nossa eleição para os representantes da COREMU.

SEJAM TODOS BEM VINDOS!