segunda-feira, 29 de abril de 2019

Exercício físico X tempo frio








A turma da caminhada desta semana não viu dificuldade pra fazer exercício físico. Mesmo durante o período do frio é importante a prática de exercício, mas precisa de alguns cuidados, a presença de um profissional de saúde ajuda muito. Fazer um aquecimento antes do exercício ajuda na ativação e metabolismo das fibras musculares, lubrificação das articulações, o que reduz os riscos de lesões durante o exercício. Fazer uma caminhada, por exemplo, com pontos de parada e exercícios dinâmicos aliados ao alongamento vai trazer melhor aproveitamento do exercício. Ao final, usar apenas os alongamentos, mobilizações articulares e exercícios respiratórios como técnicas de relaxamento.
Estudos mostram que o exercício físico no inverno gasta mais calorias, o Instituto Albert Einstein, afirma que isso acontece uma vez que o corpo precisa de mais energia para manter a temperatura corporal em níveis fisiológicos saudáveis, o que também faz com que a percepção de esforço possa aumentar a sensação de cansaço durante o exercício.
Para quem gosta de práticas ao ar livre como caminhadas, corridas e pedaladas, cuidados com as vestimentas são fundamentais. Devemos dar preferência para roupas esportivas de tecido adequado com mangas longas e calças, mesmo sabendo que durante o exercício o corpo irá aquecer. Muitas vezes, iniciar o exercício com agasalho e posteriormente tirar possa ser necessário. As extremidades como mãos, pés e face são as que mais sofrem. Dessa forma, quando a temperatura está muito baixa vale pensar na utilização de luvas e gorros.

Reflexão: A disciplina do exercício proporciona significativo resultado na melhoria de inúmeros agravos à saúde. Começar qualquer exercício físico sem continuidade, disciplina e periodicidade, não trará resultados satisfatórios. 

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Educação em Saúde






Essa semana a equipe do NASF esteve realizando uma atividade de Educação em Saúde no colégio municipal Santa Rita em Foz do Iguaçu. O tema abordado foi os determinantes de saúde (estilo de vida) e sua relação com os determinantes da doença. Foi utilizado uma corda para simbolizar um cabo de guerra entre os determinantes da saúde e doença. As crianças eram escolhidas e uma plaquinha com o determinante era colocado em seu peito para representá-lo. A medida que as crianças iam para a corda, simbolicamente representava o quanto de saúde ou doença elas elas iriam escolher, se para um lado (saúde) ou para outro (doença). Entre os determinantes de saúde estavam: exercício físico, beber água, dormir cedo, come frutas e legumes, obedecer, etc. Entre os determinantes da doença estavam: ficar muio tempo no celular, comer muito doce e salgadinhos, sedentarismo, comer frituras, etc.

Me motivou: Desenvolver mais Projetos de Educação em Saúde com as crianças. Aliás, o melhor caminho para reduzir inúmeros agravos à saúde da população idosa no futuro é ensinar as crianças agora.

Aprendi: Toda escola deveria promover projetos sobre saúde como esta. A equipe foi convidada devido a um projeto de Saúde e Meio Ambiente que está sendo desenvolvido pela escola. Parabéns aos professores e idealizadores do projeto!

Para melhorar meu aprendizado: Sorrir mais, sonhar mais, perguntar mais, agradecer mais, viver mais intensamente. Conceitos extraídos das crianças. Me fez muito bem!

Sugestão: Que haja uma continuidade do Programa de Saúde na Escola. Apesar de não ser esse o caso, foi importante refletir que o programa não deve ser único, mas que haja uma continuidade planejada. A criança é uma ferramenta importante para a multiplicação do saber. 

Crachá de identificação

O cachá é um instrumento de identificação que permite a acessibilidade e segurança no serviço público de saúde. Durante a construção do Diagnóstico Situacional e as visitas domiciliares pude perceber a importância do crachá de identificação. Quando nos identificávamos como profissionais de saúde, sem jaleco, e sem cachá, ficavam desconfiados. Não fosse a presença do ACS, não teríamos êxito em nossas visitas. Na região não é comum, porém acontece de pessoas usarem de malícia para entrarem nas casas, dizendo que são agentes de saúde ou de endemias para assaltar. Aliás, os ACS não possuem uniforme padronizado como os agentes de endemia, estão aguardando a promessa dos uniformes. Também estão sem protetor solar fornecido pela prefeitura há meses, ficam predispostos a insolação e câncer de pele devido a esses importantes EPIs (equipamentos de proteção individuais). Agradeço aos ACS da UBS do Morumbi 3 pela paciência conosco.

Reflexão: Nosso cachá pela instituição (UNILA) é de estudante, já que somos parte de um programa de especialização em saúde coletiva. O grande problema é que a população, já conhecendo a devida identificação de aluno, fica insegura com a nossa presença e atendimento prestado. Apesar de sermos profissionais formados e capacitados, somos tratados como estagiários, o que dificulta nosso trabalho. Muitos residentes não usam o crachá devido esse problema, e eu sou um deles. A exemplo de Mato Grosso do Sul, que criou um crachá identificando o programa e o profissional (foto), deveria haver uma mudança na configuração do crachá dos residentes da UNILA.

Nutrição alternativa


A receita de pão árabe com creme de abacate com limão fez sucesso na Turma da Coluna essa semana. O Grupo foi orientado a cuidar melhor da primeira refeição do dia, e balancear uma dieta saudável. Como proposta foi ensinado uma receita pouco conhecida que surpreendeu a todos pelo sabor e simplicidade. Pra quem quiser conhecer a receita, tirei a foto. Sabe-se que a associação de diferentes frutos e vegetais pode trazer inúmeros benefícios para a saúde devido suas propriedades que, quando metabolizadas pelo organismo são absorvidos muitos nutrientes. 

Reflexao: A turma da coluna também é um espaço de vida saudável. Trazer assuntos pertinentes sobre o cuidado do corpo faz toda a diferença na melhoria da qualidade de vida. A nutrição e a fisioterapia pode contribuir de forma muito positiva e interdisciplinar nesse cuidado. 

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Educação em Saúde



É a inflamação do labirinto da sua orelha interna ocorre quando o nervo que segue dentro da sua orelha interna é infectado por um vírus ou uma bactéria. Lesões no nervo da sua orelha interna afeta seu equilíbrio e sua audição. Você também pode ter tonturas, vertigem (sensação que você está girando ou que os objetos estão girando), equilíbrio reduzido e alterações na sua audição. Os sintomas podem variar de médio à severo. No início (3 primeiros dias), as pessoas podem relatar sensação de estarem “girando/rodando”, dificuldade para focalizar os objetos, zumbido nos ouvidos ou redução da audição, e também podem queixar-se de náuseas e vômitos. Com o passar do tempo, a tontura pode deixar de ser rotatória e passa a acontecer somente durante movimentos rápidos da cabeça. Mudanças no equilíbrio também são observadas.

Associação Americana de Fisioterapia.

Reflexão: Percebi que muitos participantes dos grupos terapêuticos sofrem com esse problema de saúde. Tenho feito algumas pesquisas para inserir em alguns grupos, exercícios que ajudem na reabilitação vestibular. Mesmo que não sejam específicos para a labirintite, mas que ajudem no equilíbrio corporal, propriocepcão e coordenação motora, o que contribui em muito para a redução do risco de quedas da própria altura, muito comum na terceira idade. Pretendo com este, apresentar nesse espaço de conhecimento, falar sobre outras patologias ao qual estou vivenciando nos grupos comunitários. 

Síndrome Metabólica


Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) - americano.
Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
  1. Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
  2. Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica 130 e/ou pressão arterial diatólica 85 mmHg;
  3. Glicemia alterada (glicemia 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
  4. Triglicerídeos 150 mg/dl;
  5. HDL colesterol £ 40 mg/dl em homens e £50 mg/dl em mulheres.
Pelo fato da Síndrome Metabólica estar associada a maior número de eventos cardiovasculares é importante o tratamento dos componentes da Síndrome. É fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso.

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/

A prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e reabilitação de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas por diferentes associações de saúde no mundo, como o American College of Sports Medicine, os Centers for Disease Control and Prevention, a American Heart Association, o National Institutes of Health, o US Surgeon General, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, entre outras. Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação direta entre inatividade física e a presença de múltiplos fatores de risco como os encontrados na síndrome metabólica. Entretanto, tem sido demonstrado que a prática regular de exercício físico apresenta efeitos benéficos na prevençregeu tratamento da hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade. Com isso, o condicionamento físico deve ser estimulado para todos, pessoas saudáveis e com múltiplos fatores de risco, desde que sejam capazes de participar de um programa de treinamento físico. Assim como a terapêutica clínica cuida de manter a função dos órgãos, a atividade física promCuri adaptações fisiológicas favoráveis, resultando em melhora da qualidade de vida.

Em Manuel e Guilherme. Exercício físico e a síndrome metabólica.Rev Bras Med Esporte _ Vol. 10, Nº 4 – Jul/Ago, 2004.

Reflexão: Hoje descobrimos que no grupo da coluna o qual participam em grande parte idosos, foi constatado que a maioria se encontra em risco para a síndrome metabólica. Todos foram orientados ao cuidado da saúde através da equipe de nutrição que avaliou todos os fatores de risco, e apresentou os resultados encontrados, além disso foram ensinados a se alimentarem de forma mais disciplinada. Fiz questão de despedi-los na saída, e percebi que muitos ficaram preocupados com seu resultado, mas estavam dispostos a mudar seu estilo de vida.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Apoio Matricial


Apoio Matricial e Equipe de Referência 

Hoje foi discutido com a equipe multiprofissional do NASF o tema do Apoio Matricial e Equipe de Referência. A reunião de equipe acontece todas as terças pela manhã e segue a seguinte dinâmica: Estudo em grupo e reunião de planejamento.

O termo apoio matricial é composto por dois conceitos operadores. O segundo deles – matricial – indica uma mudança radical de posição do especialista em relação ao profissional que demanda seu apoio. Na teoria de sistemas de saúde, há o princípio da hierarquização, em que se prevê uma diferença de autoridade entre quem encaminha um caso e quem o recebe; o nível primário dirige-se ao secundário e assim sucessivamente, havendo ainda uma transferência de responsabilidade quando do encaminhamento. Tratar-se-ia de relações do tipo vertical, em que a comunicação entre os níveis ocorre por meio de informes escritos – no caso, a planilha de referência –, apenas para transferir uma responsabilidade e receber algum informe ao final do procedimento – o formulário de contra-referência. Esse estilo de relação entre trabalhadores foi concebido pela administração clássica, induzindo sistemas burocráticos e pouco dinâmicos. Ao criticar esse modelo de gestão do trabalho, alguns teóricos sugeriram pensar-se as organizações como uma matriz, em que a inevitável departamentalização, que estipula uma linha de comando e de gestão vertical, induzindo uma fragmentação do processo de trabalho, poderia ter seus efeitos atenuados se fossem criadas ações horizontais que atingissem vários desses 
departamentos. Pensavam em projetos, comissões ou supervisores que atuassem de maneira horizontal, em vários departamentos, mas sem autoridade gerencial sobre as pessoas que constituem esses departamentos.

Gastão e Ana. Apoio matricial e equipe de referência: uma 
metodologia para gestão do trabalho 
interdisciplinar em saúde. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(2):399-407, fev, 2007.

Reflexão: O diálogo constante com a equipe, a construção de um modelo de gestão onde todos estejam envolvidos na solução de problemas, a comunicação eficaz entre a equipe, a gestão do trabalho interdisciplinar, uma relação longitudinal com a equipe e usuários, ações horizontais, todos esses ainda são desafios encontrados na saúde pública. 

sábado, 20 de abril de 2019

Exercício ao ar livre


Terapia de Grupo ao ar livre

Essa semana a Turma da Coluna realizou sua atividade ao ar livre. Foi uma experiência marcante, agradável e diferente, segundo referiu alguns participantes. O exercício ao ar livre promove o contato com a natureza, ar puro, sensação de bem estar, quebra a monotonia do exercício, relaxamento, reflexão, respeito à natureza, e tantos outros benefícios. Sempre que possível, o exercício deve ser aliado ao ambiente com a natureza, pois os benefícios naturais ajudam na manutenção da qualidade de vida. Deixo aqui a dica dos oito princípios naturais que podem fazer toda a diferença da busca pela saúde integral e a qualidade de vida, são eles: 

1 Sono de qualidade
2 Ar puro
3 Luz do sol
4 Consumo regular da água
5 Exercício físico
6 Confiança "em Deus"
7 Equilíbrio em tudo que fizer
8 Alimentação adequada

Reflexão: A prática de exercício físico já está mais que comprovado pelas pesquisas científicas que proporciona a melhoria da qualidade de vida e reduz os agravos à saúde. A rotina do trabalho muitas vezes nos tira a oportunidade do cuidado com a saúde, principalmente nós, profissionais da saúde. É um privilégio poder fazer parte desse programa, desde que comecei essa nova rotina de trabalho que envolve a atividade física, me senti bem melhor fisicamente, e minha autoestima melhorou muito. Aconselho a todos os profissionais, que sejam da saúde ou não, a tirarem tempo, mesmo que seja mínimo para a prática de exercício. Do contrário serão fortes candidatos à inúmeros agravos de saúde, o que muitas vezes são percebidos somente com o passar do tempo. Comece com uma caminhada disciplinada e roupa adequada, perceberá que com o tempo seu corpo produzirá opioides que irão promover hormônios do prazer e bem estar, e você continuará a prática do exercício por muito tempo.

Acessibilidade



 

Leis e decretos sobre acessibilidade:

Nesse caso, vou destacar o acesso a pessoas idosas, com mobilidade reduzida, e deficientes físicos, que foram evidenciadas na área de atuação o qual trabalhei na construção do diagnóstico situacional, e que não é muito diferente de muitas áreas do município. Vivenciei muitas ruas com paralelepípedos, bueiros abertos, calçadas irregulares e até plantio de horta na calçada. Acima deixei o link para diversas leis constitucionais que tratam do tema, porém vou destacar algumas que dizem respeito à saúde de pessoas idosas, deficientes físicos e com mobilidade reduzida:
Art. 8o Para os fins de acessibilidade, considera-se:

I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;
III - elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais como os referentes à pavimentação, saneamento, distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico;
Enfim,

Poderia aqui citar diversas leis que estão sendo menosprezadas há muito tempo em algumas regiões da cidade. Ressalto que muitas pessoas estão sendo desassistidas no cuidado da saúde devido a falta de acessibilidade de sua casa até uma unidade de saúde, ou mesmo, estão sendo privadas da socialização, autonomia e empoderamento social, devido sua dificuldade de acesso e à locomoção, em outras palavras, estão presos em sua própria casa. 

Reflexão: É preciso uma atenção melhor para essa população, não somente por parte das autoridades competentes, mas também pela população que em sua maioria não percebe que estão contribuindo para o adoecimento dos próprios vizinhos. É preciso que haja um programa de conscientização no bairro com distribuição de panfletos explicativos e reflexivos para que o morador possa cuidar melhor das calçadas. Enquanto que movimentos como o conselho local de saúde e outros pertinentes, possam buscar soluções através das autoridades governamentais no cuidado do asfaltamento.

Mapa Dinâmico

Imagem relacionada
Mapa Dinâmico é a representação visual de uma determinada região em que oferece a chance de interagir para adquirir diferentes informações, oferecendo mais dados, maior praticidade e assimilação de conteúdo, além de ser uma forma menos cansativa de aprender. A tecnologia oferece diversos recursos para facilitar a rápida apreensão de conteúdo, devido à grande rotatividade de informação. Diferente do mapa estático, você pode mudar ou exibir mais informações. O mapa dinâmico é um instrumento do Diagnóstico Situacional que é construído para que a equipe possa acompanhar a territorialização ativa de sua área. Nele são evidenciados informações epidemiológicas, sociodemográficas, território, etc. Para tal, é preciso que a equipe esteja disposta a atualizar corriqueiramente o mapa. O grande problema é que muitas equipes não fazem uso do mesmo, deixam encostados ou arquivados em algum local da unidade por alegarem não ter tempo de manipular.

Reflexão: Ao discutir em reunião com a equipe sobre a proposta de construção de um mapa dinâmico, foi referido de forma unânime que não fariam uso, e que seria desperdício de material e tempo. Dentro da proposta de construção do diagnóstico situacional existe a elaboração do mapa dinâmico, porém, ao meu ver, se não terá utilidade para a equipe, não se justifica sua existência. Sugiro que seja construído outro tipo de ferramenta, que seja mais útil para a equipe. Penso em algo mais amplo, que beneficie não só a equipe, mas todo o serviço. Como por exemplo, uma planta/mapa da unidade de saúde, já que a maioria dos usuários não conhecem a rotina dos serviços oferecidos. O mesmo seria anexado na entrada da UBS como informação para o usuário.

Reunião Estratégica do NASF

EQUIPE DE FISIOTERAPIA

A equipe do NASF esteve fazendo sua reunião mensal (abril) para, nesse primeiro momento, discutir o caderno 27 que trata das diretrizes na Atenção Básica. As reuniões estratégicas acontecem toda primeira terça do mês e reúne toda a equipe multiprofissional do NASF. Nesta, foram divididos toda a equipe em suas respectivas áreas de atuação, onde todos foram desafiados a identificar no caderno 27 o que está sendo feito e o/ou que precisa ser feito para melhorar o serviço. A equipe de fisioterapia, o qual faço parte, se prendeu no tema "A reabilitação e a saúde integral da pessoa idosa no NASF", e discutiu a dinâmica atual de trabalho e o que está sendo contemplado nas diretrizes. Foi percebido que algumas coisa já estão sendo feitas, entretanto, algumas precisam ser melhoradas. É o caso da abordagem terapêutica que deve ser orientada para o usuário e para a própria equipe de saúde, pois as ações, mesmo que lúdicas e descontraídas, não devem configurar como "entretenimento", e sim como sendo parte da terapia. A inclusão social, por exemplo, mesmo que aparentemente não envolva reabilitação, é voltada para a melhoria da qualidade de vida, indispensável para a educação e promoção da saúde. Foi citado o exemplo de um jovem especial que assistiu pela primeira vez a terapia de grupo, e foi convidado a participar. Como resultado, ele participa até hoje da terapia, sem faltar uma vez sequer, e é um agente motivador do grupo, sem contar que sua melhoria da qualidade de vida foi evidente depois do envolvimento com a terapia. O mesmo acontece com muitos idosos que participam, pois um grande desafio para eles é lidar com a socialização, já que muitos são afetados pelo próprio ambiente familiar.

Atividades Acadêmicas

As atividades acadêmicas fazem parte do Programa de Residência Multiprofissional, e complementam as 12 horas teóricas. No primeiro semestre temos as seguintes disciplinas: Diagnóstico situacional e planejamento em saúde na comunidade; Educação ambiental na saúde da família; Ferramentas da epidemiologia e bioestatística para o trabalho em saúde da família em região de fronteira; Modelos de atenção à saúde, APS e saúde da família. As aulas são expositivas e discursivas, artigos são analisados em sala, grupos de estudo, leitura dinâmica, fazem parte da metodologia usada. 

Aprendi: Que a Saúde Única é o conceito de visão complexa de mundo, baseada na teoria da complexidade, em que a diferença das partes são antagônicas, complementares e concorrentes simultaneamente. O ser humano é natureza, é uma das espécies que compõe a biosfera. "Não somos donos do planeta, ...somos usuários compartilhantes". Clélia e Mauro. Mudanças climáticas, saúde educação ambiental como política pública em tempos de crise socioambiental. Rev Polit Pub, 2018.

Me motivou: Em particular me chamou a atenção a aula de bioestatística do professor de epidemiologia. Gosto da pesquisa, e ainda na graduação me identifiquei com esse assunto. Ao rever alguns conceitos de bioestatística pude renovar meus conhecimentos.

Para melhorar meu aprendizado: Vou recapitular a bioestatística e colocar em prática no campo da pesquisa. Aplicar os métodos aprendizados e revisados no diagnóstico situacional.

Sugestão: Que as aulas aconteçam em apenas um dia da semana no turno da tarde e noite. Devido o trabalho intenso da semana, o aprendizado em outro horário noturno, fica comprometido com pouco aproveitamento.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Resolutividade na recepção do SUS


Como residente multiprofissional e conselheiro municipal de saúde tenho vivenciado algumas situações que me deixa muito triste no serviço público de saúde. Assim como a Atenção Primária é a porta de entrada do SUS, a recepção é a porta de entrada no serviço, e fará toda a diferença para que a população saiba como e onde encontrarão os serviços adequados de saúde para cada situação. Hoje as UBS e ESF seguem uma política de atendimento muitas vezes conflitante, aliás a maioria dos serviços sofrem com o mesmo dilema (atenção secundária e terciária). Dentre eles: 1- Longas filas de espera na recepção; 2- Horário para marcação de consultas; 3- Atendimento desumanizado; 4- Desinformação do serviço. Poderia citar outros, mas vou me prender apenas nesses, que têm sido bem evidentes na minha vivência.

O princípio de resolutividade, que é a capacidade do sistema em resolver situações relacionadas à saúde/doença dos usuários e/ou atendê-los de forma adequada em todos os níveis de atenção. 

Simone e Daiane. Acesso, saúde e resolutividade: Desafios e perspectivas do SUS. Unileste, MG, 2011.


Reflexão: Vou aqui expressar minha opinião à respeito do serviço. Como disse anteriormente, muitos são os fatores para melhoria do serviço, mas vou me prender em quatro pontos que tenho vivenciado no meu campo de atuação. 

O primeiro trata das longas filas de espera na recepção para receberem o primeiro atendimento. Algumas unidades usam o sistema de senha, o que reduz o acúmulo de pessoas em pé na fila, porém outras ainda usam o sistema de fila de espera, e por vezes não são organizadas, já que a unidade não dispõe de vigilante/portaria, o que ajudaria na ordem e harmonia do atendimento. Outro problema grave é que o acesso à prioridades é muitas vezes descumprido, pois os atendentes se concentram no computador e não percebem as pessoas na fila. A demora no atendimento é outro fator, muitas vezes o atendente precisa explicar várias vezes o serviço para o usuário, e isso acaba por deixar as pessoas insatisfeitas, mas na maioria das vezes é preciso. O usuário por não entender o serviço, acha que falta funcionário pra atender, pois visualiza três ou até quatro computadores na recepção, porém apenas um ou dois estão sendo usados. Ele não entende que no caso da ESF, apenas aquelas equipes em determinado momento estão atendendo. Esse é outro problema a ser discutido, cada equipe só atende o seu usuário, se não for de sua área de atuação, ele não é atendido. Onde fica a resolutividade nessa hora? 

O segundo ponto é a questão do horário para marcação de consultas, a maioria das unidades, senão todas, preconizam a marcação até as 13:00, se você não consegue marcar até esse horário, você não consegue consulta, o mesmo é válido pra outros serviços. O grande problema está na dificuldade que muitos não tem a disponibilidade do horário devido o trabalho e outros afazeres, a pergunta é, se é apenas pra marcar a consulta, por quê não o fazer em qualquer horário do serviço, já que irá apenas agendar no caderno. Não tem sentido essa lógica de marcar somente em determinado horário, isso fere um princípio do SUS de resolutividade. 

O terceiro problema é o atendimento desumanizado, aliás, um corriqueiro problema que afeta a maioria do serviço. Mas vou pontuar o seguinte, o usuário de fato não conhece a rotina do serviço, porém, é direito dele como cidadão ser informado e respeitado. Muitas vezes o atendente está fazendo outra rotina de trabalho, que não o atendimento propriamente dito, o que faz parte do serviço, pois existe uma burocracia a ser cumprida como protocolos, preenchimento no sistema, arquivamento, agendamento, enfim, como qualquer empresa. Entretanto, o usuário não é devidamente informado que apenas uma ou duas pessoas somente estão atendendo naquele momento, devido a outras funções a serem cumpridas, algo que ao meu ver é muito simples de ser resolvido, basta informar o usuário que aguarde um momento sentado ou gentilmente que em breve será atendido pela colega, ao invés de deixar o usuário "plantado" em pé na recepção durante um longo tempo, porque apenas uma pessoa está fazendo atendimento. Isso causa revolta e repúdio para qualquer pessoa em qualquer serviço de atendimento. Outra questão é a estupidez de alguns profissionais em achar que sua explicação foi suficiente, quando na verdade, a interpretação do usuário não foi eficaz, isso faz com que ele precise perguntar várias vezes a mesma coisa, aliás, muitos usuários têm deficit cognitivo. É preciso compreender melhor o outro em suas debilidades, e isso de faz com treinamento em serviço. E por fim, olhar o paciente nos olhos, isso não acontece na maioria das vezes, até porque os computadores e a disposição do balcão/mesa de atendimento são colocados de forma inadequada para uma comunicação eficaz com o usuário. É preciso rever a ergonomia de trabalho na recepção do SUS. Claro que o atendente também precisa perceber que do outro lado tem um ser humano em sofrimento e sua necessidade precisa, no mínimo ser ouvida, e atendida na sua integralidade. Tomar os dados do usuário não necessariamente precisa que os olhos estejam sempre no computador, olhar para o usuário a cada informação que se pede é no mínimo, possível de ser feito.

O quarto problema, por fim, tem haver com a desinformação. Infelizmente alguns profissionais despreparados não procuram se inteirar dos serviços prestados e acabam por dar informações inexistentes ou insuficientes. Isso acaba por atrasar um serviço que seria bem mais breve, ou influenciar na demora do processo de cura devido ao tempo perdido dentro do serviço. Muitas vezes a informação precisa é a melhor ferramenta da resolutividade, pois se bem manuseada, irá reduzir o tempo de sofrimento de alguém.

Educação Permanente em Saúde



Como Política de Educação na Saúde, a Educação Permanente em Saúde envolve a contribuição do ensino à construção do SUS. O Sistema Único de Saúde e a Saúde Coletiva têm características profundamente brasileiras, assim como a integralidade na condição de diretriz do cuidado à saúde e a participação popular com o papel de controle social. Por decorrência dessas particularidades, as políticas de saúde e as diretrizes curriculares nacionais para a formação dos profissionais da área buscam inovar na proposição de articulações entre o ensino, o trabalho e a cidadania.

Ricardo e Alcindo. Educação Permanente em Saúde. Dic Educ Prof Saude, FIOCRUZ, 2009. Disponível em: <http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/edupersau.html#topo>

Aprendi: O UNA-SUS é um portal público de acesso a cursos à distância. O Acervo de Recursos Educacionais em Saúde - ARES disponibiliza recursos educacionais desenvolvidos para o ensino-aprendizagem de trabalhadores da saúde. Aqui você encontra vídeos, textos, imagens, entre outros conteúdos, para atender às necessidades de formação e capacitação desses trabalhadores.

Me motivei: Me inscrevi no curso de "Cuidados à saúde do idoso na atenção básica" com 10 horas de carga horária à distância. 

Para melhorar meu aprendizado: Escolhi este curso devido minha experiência no campo com idosos onde 80-90% são usuários do SUS.

Sugestão: Que haja salas de estudos com equipamento multimídia para que os cursos sejam feitos em grupos nas unidades de saúde. Todos têm acesso aos cursos, porém nem todos tiram tempo para tal. Se fossem motivados a fazerem o curso juntos no próprio ambiente de trabalho seria bem mais eficaz o processo de educação permanente em saúde. Como é o exemplo do curso de Saúde Baseada em Evidências promovido pelo Hospital Albert Einstein, que incentiva entidades a promoverem o curso através de vídeo conferências no ambiente de trabalho, de forma gratuita.

"RESIDENTE TAMBÉM É GENTE". 
Esse foi o tema abordado pelos R2 em seu segundo ano de Residência Multiprofissional. Talvez uma forma de evidenciar a carga horária que o programa oferece. São 60 horas de trabalho divididas em 48 horas práticas e 12 horas teóricas. O programa é mantido com verba do governo federal, e os profissionais recebem uma significativa bolsa. Ao final de dois anos os profissionais recebem o título de especialistas em Saúde da Família. Os atestados de saúde são justificados para o profissional, porém essas horas devem ser compensadas em algum momento. Os feriados no mês também devem ser compensados. A participação em congressos são analisados pelo COREMU e liberados para cumprir horas conforme a área de interesse, nesse caso, a área de saúde pública. Devem ser cumpridas de 8 a 10 horas diárias de trabalho, e as horas teóricas na sala de aula em turnos diurno e noturno. Quando perguntado ao idealizador desta camisa, disse que foi motivado devido a uma frase usada "residente não é gente", em um determinado momento para dizer que os profissionais residentes não têm direito a uma vida "normal", e vivem para o trabalho e estudo.

Reflexão: Particularmente não tenho do que reclamar, entrei para residencia com objetivo de ganhar para estudar, pois até então, só conseguia investir recursos para poder continuar estudando e buscando uma especialização. A Residência Multiprofissional foi um momento de poder me especializar em uma área de meu interesse (saúde coletiva), e ainda ser remunerado para poder dar suporte de vida para minha família (esposa e filhas). Porém, não posso deixar de concordar com os colegas que a carga horária é muito alta e chega a ser extremamente estressante levando muitos profissionais a adoecerem durante o programa. Vale lembrar que não estamos amparados pela CLT brasileira, entretanto, alguns temas precisam ser discutidos e revistos, como é o caso de atestados, pois, devido a exposição exacerbante do profissional no trabalho, predispõe o adoecimento, e como disse anteriormente, ainda assim, temos que pagar as horas faltadas. 

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Visita Domiciliar



No mês de abril foram feitas visitas domiciliares com a equipe do NASF e com os ACS. A atuação integrada permite realizar discussões de casos clínicos, possibilita o atendimento compartilhado entre profissionais, tanto na Unidade de Saúde, como nas visitas domiciliares; permite a construção conjunta de projetos terapêuticos de forma que amplia e qualifica as intervenções no território e na saúde de grupos populacionais. Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde.

Aprendi: Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde, em 2008, com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.

Me motivou: A discussão de casos clínicos entre a equipe multiprofissional possibilita uma melhor resolutividade e melhoria do serviço, diminuindo encaminhamentos desnecessários para a especializada.

Para melhorar meu aprendizado: Conhecer a territorialização e problemas de saúde local para planejar a educação em saúde.

Sugestão: Concluir o Diagnóstico Situacional e elaborar Propostas de Ação.

Turma da caminhada


A turma da caminhada acontece nos bairros do Jardim São Paulo e Morumbi, três vezes por semana e reúne cerca de 60 pessoas assíduas. Além dos exercícios de aquecimento antes da caminhada, também são realizados exercícios de alongamento durante e após a caminhada. O controle pressórico é feito semanalmente, e esporadicamente se verifica a oximetria durante a caminhada. A prática de exercício proporciona saúde e qualidade de vida, autonomia, socialização, condicionamento cardio pulmonar, autoestima, força e equilíbrio corporal, entre outros benefícios. Entre os participantes 80% são idosos.

Aprendi: O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. Segundo o IBGE, a população idosa brasileira é composta por 29.374 milhões de pessoas, totalizando 14,3% da população total do país  (Ministério da Saúde). A expectativa de vida aumentou para 75,72% anos, sendo 79,31 anos para a mulher e 72,18 para o homem.

Me motivou: A prática de exercício tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa. A motivação durante a caminhada por parte dos participantes chama a atenção da população, aliás, muitos vêm para o grupo por conta disso.

Para melhorar meu aprendizado: Faz-se necessário uma especialização em Saúde da Pessoa Idosa.

Sugestão: Produzir uma camisa que identifique o grupo.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

XIII CONFERENCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

 A Conferência Municipal de Saúde acontece a cada 4 anos,  este ano reuniu cerca de 700 delegados. O tema escolhido foi o mesmo da Conferência Nacional que irá acontecer em agosto deste ano. Foram realizadas cerca de 100 Pré Conferências e 600 propostas. O local do evento foi o Hotel Internacional no Centro da cidade e reuniu cerca de 900 participantes. Como resultado foram sintetizadas cerca de 300 propostas que serão transformadas em futuras diretrizes de melhorias no SUS. 
Aprendi: Que Responsabilidade Social sobre é um dever como cidadão nesse país. A saúde é um direito de todos, e dever do estado, mas não me isenta da responsabilidade de autonomia que tenho sobre minha saúde. O Controle Social está na Constituição Brasileira, e foi instituído em 1992 na Lei 8.142 que trata das diretrizes do SUS. Participei do evento como Conselheiro Municipal, e membro da comissão organizadora da XIII Conferência Municipal de Saúde. Também estive representando a APFFIR com o delegado nato na conferência, e representante da UNILA no Programa de Residência Multiprofissional. Foi uma experiência muito significativa, pois pude compreender melhor as políticas de Saúde pública que perpassam pela democracia social. A participação da sociedade é fundamental na construção de melhorias do Sistema Único de Saúde. 
Me motivou: A dialogar de forma multiprofissional sobre os desafios do serviço público de saúde e buscar melhorias para a atuação nas estratégias de Saúde. Algumas propostas foram feitas para melhorar as ações do NASF. Uma delas foi a implantação das Práticas Integrativas Complementares que amplia o serviço com baixo custo e eficiência no cuidado. A humanização do serviço também é algo a ser motivado enquanto multiprofissionais.
Sugestão: A divulgação das pré conferências, que elege os delegados que farão parte da conferência, precisa ser feita de forma mais evidente. Toda entidade comunitária que representa a população em geral pode realizar a sua pré conferência, e não somente aquelas que compõem a cadeira no COMUS.

domingo, 14 de abril de 2019

Saúde do Trabalhador


O trabalho é um dos determinantes da saúde e do bem-estar do (a) trabalhador (a) e de sua  família. Além de gerar renda, que viabiliza as condições materiais de vida, tem uma dimensão humanizadora e permite a inclusão social de quem trabalha, favorecendo a formação de redes sociais de apoio, importantes para a saúde. Assim, ele pode ter um efeito protetor, ser promotor de saúde, mas também pode causar mal-estar, sofrimento, adoecimento e morte dos (a) trabalhadores, aprofundar iniquidades e a vulnerabilidade das pessoas e das comunidades e produzir a degradação do ambiente. Esta visão do trabalho enquanto determinante social de saúde e doença orienta este capítulo que apresenta elementos para reconhecer e lidar com os agravos relacionados ao trabalho.
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT), disposta no Anexo XV da Portaria de Consolidação n.º 2, de 28 de setembro de 2017 (BRASIL, 2017b), define:
Art. 8º.III - garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador, que pressupõe a inserção de ações de saúde do trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde do trabalhador na assistência e nas estratégias e dispositivos de organização e fluxos da rede.
Caderno 41 da Atenção Básica. Disponível em:https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/caderno-atencao-basica-41-saude-trabalhador-trabalhadora&ved=2ahUKEwjqmvy3h9HhAhUBIrkGHSXrB_YQFjAAegQIBhAB&usg=AOvVaw3ct-xv4N33CN4JYQBIFACM

O NASF Leste organiza um grupo de Saúde do Trabalhador nas duas UBS do Jardim São Paulo em Foz do Iguaçu. Os participantes são os funcionários das respectivas unidades de saúde, dentre eles: recepção, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, ACS, serviços gerais, médicos, acadêmicos. Se reúnem uma vez por semana no horário de 12:00 onde há pouca movimentação de usuários da UBS. Foi feito uma reunião de pactuação com os funcionários para a continuidade das ações, a maioria referiu que gostaria que houvesse seguimento das atividades devido os inúmeros benefícios percebidos no ano anterior.

Reflexão: Foi observado que algumas UBSs possuem funcionários afastados por estresse emocional, depressão, e tentativa de suicídio. Faz necessário investigar as principais causas do sofrimento mental que vem acometendo os servidores. 

Grupos de Terapia Comunitária


Os grupos terapêuticos são ofertados e divulgados para a população através de cartaz e encaminhamentos. Qualquer profissional da equipe de saúde pode encaminhar o usuário, desde que ele seja avaliado e esteja dentro do perfil de cada grupo. Há uma preocupação da equipe em aumentar o número de participantes e não dar conta da demanda, isso acaba por limitar o serviço, e não alcançando muitos que precisam.

Reflexão: A terapia comunitária ajuda, não somente a cuidar da saúde física, mas socializa o participante, algo que muitas vezes torna-se muito mais benéfico, pois muitos sentem-se desprovidos de autonomia e pouco ouvidos. A socialização do grupo promove a autoestima e a motivação para mudanca de hábitos. 

Grupo de Dislipidemias


O Grupo de Dislipidemias segue o mesmo cronograma dos demais (Hiperdia e diabetes), e reúne participantes descompensados com alto nível de colesterol e lipídios no sangue. Os participantes são recepcionados com um café da manhã a base de frutas. Logo em seguida são convidados a participar de uma atividade para ensiná-los a fazer uso da água da forma correta e motivação para a ingestão de água. Uma dinâmica de grupo foi realizada para promover a socialização do grupo (dinâmica do "pato qué"). Ao final todos provaram da água saborizada que foi ensinada pela nutricionista.

Aprendi: A fazer água saborizada e seus benefícios para a saúde.

Me motivou: A beber mais água e ensinar as pessoas a beber também. 

Para melhorar meu aprendizado: Quanto mais eu ensino, mais eu aprendo.

Sugestão: Gostei muito do café da manhã proposto. Ensinar a fazer sucos, shakes, chás, e receitas fitoterápicas que possam controlar a Dislipidemia, acho que seria bem interessante.

Grupo de Diabetes


O Diabetes Melitus vem aumentando sua importância pela sua crescente prevalência e habitualmente está associado à dislipidemia, à hipertensão arterial e à disfunção endotelial. É um problema de saúde considerado Condição Sensível à Atenção Primária, ou seja, evidências demonstram que o bom manejo deste problema ainda na Atenção Básica evita hospitalizações e mortes por complicações cardiovasculares e cerebrovasculares.

ALFRADIQUE, Maria Elmira et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a 
construção da lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde 
(Projeto ICSAP – Brasil). Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 6, 2009.

O Grupo de Diabetes, semelhante ao grupo de Hiperdia, acontece nas UBS que possuem a ESF e a cada 6 meses. Os participantes são lembrados através de ligações telefônicas prévias e confirmando sua presença. Percebe-se nitidamente o sofrimento físico e mental dessas pessoas, segundo a maioria, nesse encontro especificamente - o qual foi meu primeiro contato com eles - a maioria referiu o desconforto de não poder comer aquilo que sempre comiam e gostavam. Foi trabalhado nesta roda de conversa o controle emocional e o auto cuidado com os pés.

Me motivou: A produzir uma cartilha de auto cuidado com o pé diabético. 

Aprendi: Ao conversar com o paciente diabético, sempre lembrar do cuidado com os pés.

Para melhorar meu aprendizado: Estudar o caderno 36 da Atenção Básica que trata do cuidado do paciente diabético. 

Sugestão: Reduzir o tempo de encontro do grupo de 30 dias para cada 15 dias.